quarta-feira, fevereiro 27, 2008

.destino.

Uma mulher sozinha anda pela cidade. Ela pára em um café, senta-se, pede um capuccino e o aprecia como se fosse o primeiro de sua vida. Está feliz. Fazia tempo que não se sentia tão livre, tão plena, tão dona de si e de sua vida. Aquele era o seu momento. Dela consigo mesma. Onde podia optar e fazer o que quisesse. Não imaginava o quanto aquela sensação lhe faria bem.

Quando saiu de casa pela manhã, toda a sua vida havia acabado de desmoronar, aquele telefonema foi o estopim de tudo e não via como sair daquele estado. Mas, numa atitude louca e impensada, foi ao closet, pegou sua roupa preferida, aquela que a acompanhava em momentos decisivos, deu uma arrumada no cabelo e saiu. Saiu sem rumo, sem destino.

Agora aquele capuccino era o prazer maior, tudo o que ela precisava naquele momento. Ficou ali durante horas, não viu o tempo passar. E afinal tinha certeza que poderia fazer o que quisesse. Sua vida poderia seguir o caminho que fosse ou onde ela desejasse ir. Estava pronta.

Levantou, pagou seu café e voltou a caminhar pelas ruas daquela cidade que não era sua, mas que a acolhera. O destino lhe mostraria o caminho, essa era a sua única certeza.

.É isso.
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