quinta-feira, dezembro 29, 2011

Onde foi parar a menina?

E lá se vão alguns anos...
Revendo agendas e uma vida que não é mais minha percebo que passei muito tempo vivendo a vida dos outros. Deixei minha vida (e minhas coisas) estacionadas, guardadas no fundo de um baú escuro e fui viver a vida de outra pessoa. Não o culpo, eu escolhi isso. Fiz por vontade própria ou quem sabe por pura imaturidade, nunca saberei.

Fato é que estacionei planos, desejos, sonhos, metas, vontades e todo o resto por tempo demais.
Não consegui me ver em meio àqueles escritos.

Essa fui eu por tanto tempo? Onde eu estava realmente? Onde estavam minhas vontades, meus desejos, minha vida? Onde estavam meus sonhos, minhas metas? Onde estava eu?
Releio essas coisas e esses pensamentos e vejo que eu me deixei adormecer por um tempo. Talvez por isso hoje eu não consiga mais abrir mão das minhas prioridades, das minhas coisas. Talvez tenha passado tempo demais adormecida. E talvez, também, pelo tempo imenso em que fiquei assim, em coma, vivendo a vida de outra pessoa, hoje seja tão complicado recomeçar, retomar, realizar e viver a 'minha' vida.

Como um paciente que finalmente sai do coma sinto que estou acordando e me coloco na reabilitação. Dói recomeçar, tenho que dar um passo de cada vez embora o meu desejo seja fazer tudo ao mesmo tempo e recuperar o tempo perdido. Sair do coma é difícil, tenho que andar um dia de cada vez, subir degrau por degrau, exercitar os músculos que estavam adormecidos.

Eu sei que recomeçar é colocar também um ponto final naquilo que passou, parar de se lamentar pelo que não vivi (ou não tive coragem de viver) e começar do zero.

E embora a vontade seja de fazer o que não foi feito em décadas, o corpo não acompanha e tenho que me contentar com uma coisa de cada vez. Eu quero tudo e rápido, quero recuperar todo o tempo que fiquei em coma. Mas preciso me conformar que as coisas acontecem devagar, no seu próprio tempo.

Tenho a mesma pressa de uma criança diante do novo brinquedo mas sei que preciso da calma e da sabedoria de um ancião diante da vida.

Em 2011 saí do coma, acordei e revivi. Voltei a respirar sem aparelhos.
Em 2012 preciso aprender a caminhar passo a passo, dia a dia e reaprender a viver com minhas próprias pernas e por minha própria conta, sendo responsável por minhas atitudes e, principalmente, por minhas escolhas.

Como era de se esperar tenho medo do que está por vir. Principalmente porque além de mim tenho uma outra pessoinha que precisa e depende inteiramente dessas escolhas que farei. Sei que não tenho o direito de errar nessas escolhas porque ele depende delas também. Mas também sei que tenho inteligência e caráter para seguir em frente e conseguir fazer diferente.

Esse é só o primeiro passo de uma aventura que promete ser inesquecível.
Estou pronta.

saindo do coma...


PS: Escrevo à mão essas palavras numa dessas agendas que andavam perdidas do longínquo ano 2000. Escrevê-las ali no papel é também uma forma de registrar que a mudança está acontecendo.

PS2: E também porque algumas coisas ficam muito melhores no papel.

terça-feira, novembro 29, 2011

Vida, dá um tempo.



Então tá, Vida.
Se você quer me atropelar faça o serviço de uma vez. Essa história de ir fazendo aos pouquinhos não tá dando certo.
Mal eu consigo cicatrizar um pouco e daí vem você de novo com outra lambada?
Não tá dando certo isso, não.
E não me venha com essa de que é preciso ser assim, que só assim eu cresço e aprendo porque eu não caio mais nessa sua conversa mole. Tô escolada com tuas desculpas esfarrapadas e com sua estratégia furada de me destruir.
Já passei por tanta coisa, como você bem sabe, que o baque agora tem que ser bem mais intenso.

Mas mesmo assim, não tá dando não.
E vou te pedir uma coisa - Vida -  me dá uma folga pra respirar tranquila um pouco?

Serei eternamente grata enquanto eu viver.




domingo, novembro 27, 2011

Não me chame de amor


Não me chame de "amor" a menos que eu realmente seja o "seu amor".
Palavras precisam de significado. Não são somente letras organizadas, são mais do que isso.
Palavras podem salvar ou destruir. Palavras são muito importantes e devem ser tratadas com o devido respeito.
Por isso não me chame de seu amor, de seu bem, de docinho - se eu realmente não for isso tudo pra você.
Não jogue palavras ao vento.
Cuide delas e as use com parcimônia.
Não seja irresponsável com elas, muito menos comigo.
Algumas palavras podem ferir, mesmo que a intenção não seja essa.

Eu ando cansada de ouvir palavras bonitas e melosas sem sentimento.

Quero palavras reais, fortes e duradouras.
Quero palavras repletas de significado e sentimento.
Quero palavras bonitas ditas com sinceridade.
Ou palavras duras, mas verdadeiras.

Por isso não me chame de "amor" a menos que isso seja a mais pura verdade.

Essa sou eu cansada de tantas palavras sem sentido.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Quantos somos dentro de nós?



Quantos somos dentro de nós? Quantas eu sou, quantas eu fui?
Acordei com essa pergunta na cabeça. Algumas vezes sinto como se existissem umas dez pessoas diferentes dentro de mim. Todas elas nesse momento sentem-se perdidas em dúvidas, medos, vontades. Cada uma sabe de si e tão pouco das outras.
Será que somos mesmo essa confusão de ideias e pensamentos? Será que todos os dias nos deparamos com uma pessoa nova, cheia de manias e dúvidas? Será que amanhã serei outra, pensando e dizendo frases novas, por vezes sem sentido?
E as que fui ontem? Se foram? Estão guardadas em alguma gaveta escondida e trancada dentro do meu ser? Tenho chances de libertá-las? Será que devo?
Encontro dentro de mim algumas mulheres tão distintas e, porque não dizer, distantes.
As dores e sentimentos são diversos para cada uma delas.
É assustador se ver como dez, vinte, milhares de pessoas dentro de si mesmo.
E já é tão difícil se enxergar em uma só, viver uma só vida, ser uma só.

Seria mais simples não pensar.

Essa sou eu tentando calar a mente.


segunda-feira, novembro 14, 2011

Entre as curvas da estrada

Ela tomou gosto em pegar a estrada.
Curte as curvas na descida da serra, ultrapassar outros veículos e a velocidade.
Gosta da chuva que desce fina e contínua, as paisagens exuberantes da Serra do Mar agora cobertas de neblina.
Entre curvas e retas ela sente que pode tudo. Claro que não pode, mas tem essa sensação por um instante.
Coloca uma música e dirige como se não tivesse rumo.
A cabeça não para um segundo, ela não consegue fazer a mente cessar.
Entre tantos pensamentos e indagações: tudo o que viveu e o que ainda está por vir.
As famosas perguntas sem respostas, os silêncios, os sumiços, os porquês, os senãos.
O telefonema no último dia, a lembrança. E mais uma vez silêncio e distância.
Devia ser mais simples entender o que se passa. Mas ela sabe que não é. Nem ela mesmo consegue entender.
Começa a tocar uma música e ela não se contém: chora. De soluçar, de escorrer lágrimas e desejos, sonhos, medos, vontades e sentimentos. Chora feito criança. As pessoas nos outros carros não entendem, nem poderiam. Acham estranho aquela mulher chorando à 120km/h. O que deve estar acontecendo?
Ela não sabe, só chora. A música acaba e o choro também.
Pronto. Respira e continua.

Tem coisas que não tem explicação. E não devemos tentar explicá-las.

A música era...



"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim, eu sei não é assim mas deixa eu fingir e rir..."


sábado, novembro 05, 2011

O seu lugar é lá



Embora você não saiba onde é esse lugar.
O seu lugar é lá.

O meu lugar é lá.
Tento encontrar, caminhar, disfarçar.
Mas me perco no meio do caminho, onde tudo é estranho e confuso.

O seu lugar é aqui, dentro do meu peito. Perto do meu coração.
Onde tudo seria tão mais simples e fácil. Onde tudo seria possível.
Se assim fosse.
Se você quisesse.
Se você pudesse.
O seu lugar é aqui ou lá, dentro ou perto de mim.
Mas você ainda não sabe. Ou finge não saber.
É mais fácil fugir quando não se tem para onde ir.
Procuro me encontrar no meio desse caminho.
Escolher a estrada correta para não me perder entre os abismos.
Tudo é tão simples ou deveria ser.

Eu quero te mostrar que seu lugar é aqui.
Mas você ainda não sabe disso. 
Disfarça e foge de mim.




sexta-feira, outubro 21, 2011

Ela decide mudar de direção


Ela tem a tendência a se entregar demais em tudo o que faz ou sente e na maioria das vezes quebra a cara.
Já não bastasse as experiências anteriores para aprender que não deve confiar tanto no que as pessoas dizem ou fazem? Não, ela confia demais em todos e sempre acha que dessa vez pode ser diferente. Pronto, tá feito o estrago.
Mudança de planos? Um esforço da outra parte para que a coisa aconteça? Não, isso não faz parte do processo.
Uma amiga lhe disse que não pode viver a vida dos outros, deixar que sua felicidade dependa do que pensam, fazem ou querem. Mas quem a convence do contrário?
E lá está ela novamente caindo de cabeça no chão. Uma hora quebra o pescoço e nem assim vai aprender, aposto.
Mas ela decide que está na hora de mudar o rumo das coisas e que chegou o momento de olhar na direção oposta e seguir novos caminhos, respirar novos ares, arriscar um lance novo.
Até a próxima queda livre provavelmente.
Mas se não tentar como poderá saber?
E então ela diz: você não vai tentar? Não vai fazer diferente? Não quer arriscar?
Azar o seu!
A vida não espera.
E ela também não está disposta a esperar sua boa vontade.
Já cansou de promessas e de "um dia quem sabe".

Decide arriscar e ver no que vai dar.
O que vier é lucro.

quarta-feira, outubro 12, 2011

Então a noite chega...



Então a noite chega...
E com ela também o silêncio.
Não tenho mais o som da tv, não ouço mais os familiares gritinhos e as brincadeiras.
Os barulhos são outros, fracos, um ou outro zumbido de vento, um carro que passa na rua, o vai e vem das ondas do mar quebrando na beira da calçada, os bichos noturnos.
E na maioria das vezes o que eu ouço é o silêncio.
Silêncio inquieto, angustiante, assustador.
Silêncio da respiração, silêncio da alma.
O apartamento vazio me deprime, quase sempre.
Tenho vontade de acender todas as luzes e colocar uma música bem alta. Não faço, claro.
Ouço passos do apartamento de cima. Há vida pulsando em outros andares, eu sei. Mas aqui tá tudo parado. Em silêncio.

E a noite chega de mansinho e toma conta.
Dá vontade de fugir, de me esconder.
Mas não há pra onde fugir, muito menos do que.
Eu fujo de mim, eu fujo do mundo.

Não há nada. Há somente o silêncio.
Apago as luzes, desconecto-me de tudo.
Faço do silêncio meu aliado.

E me entrego à noite vazia esperando que o dia chegue rápido.

domingo, setembro 11, 2011

Por flor tenho loucura.


Eu nunca recebi flores.

Tá, até já ganhei um vasinho aqui outro ali de uma amiga e tal, mas não é disso que eu estou falando.

Tô falando de receber flores de alguém especial, como um mimo, um carinho. Receber flores quando menos se espera, com um cartãozinho com palavras doces e meladas dizendo que o jantar foi delicioso e que espera te encontrar novamente. Sabe como?
Pois é, esse tipo de coisa.
Já ganhei chocolates, livros, etc. Mas flores simplesmente não aconteceu.
Vejo aquelas cenas de filmes, onde o mocinho envia flores para a mocinha com um cartão fofo. Acho tão romântico.
Uma amiga outro dia disse que não suporta receber flores. Engraçado né? E eu acho tão fofo, tão romântico, tão singelo.
Fiquei pensando no significado que uma ação pode ter para diferentes pessoas.
O que para mim pode ser o top top para outra pessoa pode ser indiferente, normal, corriqueiro.
Somos sujeitos a sentimentos diversos sobre o mesmo assunto.

Um presente, a meu ver, não importa pelo valor ou pelo tamanho, mas sim pelo simples fato de que aquela pessoa se preocupou em procurar algo que tenha a ver com você, com suas características. Acho horrível quando alguém diz: escolhe o que você quiser. Mostra que aquela pessoa não te conhece ou não faz questão de conhecer e é mais fácil te pedir pra escolher. Se for assim, não me dê nada. Prefiro.
Acho que um presente é uma amostra de que a pessoa se preocupou em procurar algo pra você, algo de que você gostaria, que tenha a ver contigo. Presente por presente, melhor não dar.

E receber flores requer também uma certa preocupação da pessoa que as envia pois acho que cada mulher tem uma flor preferida e que mais a representaria.
Para algumas orquídeas, outras são como flores do campo. Outras ainda gostariam de receber begônias. Minha mãe era fã das margaridas.
Mas as rosas ainda são as campeãs para agradar qualquer mulher, talvez pelo signficado que demos a elas desde sempre.

O melhor é quando vemos que a pessoa se preocupou em preparar o buquê, pensou em que flores enviar e porque, e principalmente no cartão e nas palavras que escreveria.

Enviar flores não é somente um presente ou um galanteio, mas uma demonstração de que aquela pessoa é especial para você e que de certa forma você a quer por perto.

Eu nunca recebi flores.
Quem sabe um dia.




PS: Já recebi, um buquê lindo de rosas vermelhas. Foi emocionante! ;)



quarta-feira, agosto 24, 2011

Dos gostos meus de cada dia.

Gosto de troca de olhares, de silêncios constrangedores, de desviar o olhar pra outro lado só pra disfarçar o rubor da face.
Gosto dos silêncios enormes entre um ou outro assunto sem importância, de falar do tempo pra puxar conversa, de arrumar o cabelo só pra fazer charme.
Gosto de meia luz, de penumbra. Gosto de frio, de arrepio, de sentir o vento.
Gosto de pausas longas, constrangedoras, intensas.
Gosto de conversar sobre os mais diversos assuntos. De falar da vida, dos astros, da chuva, do time de futebol, de música, de livros e autores preferidos. 
Gosto de falar até não ter mais assunto. E então calar. Viver o momento, o silêncio, o segundo entre um suspiro e outro. 
Quando as palavras faltam, mas não fazem falta; porque não é momento de falar e sim de sentir, experimentar, ousar, curtir, abraçar, viver.
Gosto de entrelinhas, de quando o celular toca em momentos inesperados, de "bom dias" por mensagens, de emails contando as novidades no meio daquele trabalho chato.
Eu gosto desses pequenos momentos que a vida nos brinda a todo instante. Basta estarmos atentos para vê-los e não deixar que passem despercebidos. 
 Os gostos meus de cada dia.
É isso.

sábado, julho 30, 2011

Quem sabe um dia.

Ela prepara-se pra escrever um email, desiste.
Há dias ensaia essa resposta e não tem coragem de enviá-la.
Fica por horas olhando a tela em branco pensando o que dizer.
Tem coisas que não devem ser ditas, ela sabe.
Ao mesmo tempo sabe que precisa encarar os fatos e correr todos os riscos possíveis.
Em momentos de loucura ela pensa: A vida tá passando, o que eu tenho a perder?
Mas sabe que as coisas não são tão simples assim, tem tanta coisa no meio.
Ela tem medo, essa é a verdade.
Medo do que pode acontecer, do improvável, de se envolver e de se apaixonar - principalmente.
E ela se apaixona. Quase sempre.
Mesmo sabendo que não pode, que não é hora, que vai sofrer mais uma vez.
Queria ser mais fria, usar mais a cabeça, aproveitar cada segundo sem pensar no dia de amanhã.
Mas ela pensa. Pensa demais, o tempo todo. A cabeça não para um segundo.
Decide salvar o rascunho, mas não o envia.
Quem sabe amanhã ou na semana que vem.
Quem sabe um dia.
Quem sabe.

quarta-feira, julho 27, 2011

O passado não me pertence mais...

Parei para reler textos antigos e percebi o quanto mudei de um ano pra cá.
Como é interessante descobrir o quanto podemos mudar em tão pouco tempo.
Vejo como a vida é rápida e como perdemos tempo com pequenas coisas, com bobagens.
O interessante é que no momento em que estão acontecendo parecem tão grandes, tão fortes. Passado um tempo você olha para aquelas situações e vê o quanto foram pequenas diante da grandiosidade da vida.

Não consegui me reconhecer naquelas palavras. É outra vida, tão distante do que eu sou agora.
Vez ou outra eu gosto de remexer nas coisas antigas justamente por isso, pra provar pra mim mesma o quanto eu mudei, o quanto eu cresci nesse período e também o quanto àquela situação não me pertence mais.
Sempre tenho boas impressões por que tudo o que vivemos faz parte da nossa história, mesmo que sejam coisas ruins. Pois nos faz crescer, amadurecer e encarar a vida de outra forma.

Hoje revi e revivi coisas, sentimentos, situações. Foi bom pra perceber o quanto estou melhor agora e para me mostrar que sim eu estava certa em mudar e querer ser melhor do que eu era. Espero um dia voltar a esse post e ver o quanto eu mudei do que eu sou agora.



Estou pronta para as próximas mudanças.
Essa sou eu vivendo um dia de cada vez.

quarta-feira, julho 20, 2011

A solidão como companheira.

Andam me fugindo as palavras. Passo por momentos de branco total, sem inspiração para escrever.
Acho que todo mundo tem um momento de recolhimento para seu mundo. E nesses momentos não dá vontade de abrir aos quatro ventos o que se está sentindo ou pensando.
Estou fechada em pensamentos.
Recolho-me para dentro de mim tentando me descobrir no meio dessa grande virada que aconteceu na minha vida no último mês.
A solidão é bem vinda e uma grande companheira. Preciso dela para colocar a cabeça em ordem.
Em dias assim sou péssima companhia, preciso de silêncio.

A felicidade de se reinventar a vida, se redescobrir como pessoa, como mulher.
Estou curtindo muito esse momento.



Vou lá viver um pouco, logo volto.

quarta-feira, maio 18, 2011

Essa é a última oração pra salvar seu coração...




"Meu amor
essa é a última oração
pra salvar seu coração.
Coração não é tão simples quanto pensa,
nele cabe o que não cabe na despensa,
cabe o meu amor.
Cabem três vidas inteiras,
cabe uma penteadeira, cabe nós dois.
Cabe até o meu amor... essa é a última oração..."



Pra você, minha querida.
Todas as orações de amor possíveis, em palavras e música.
Em gestos e em vibrações.
E um mundo de amor.


Pilar.

terça-feira, maio 17, 2011

As rasteiras da vida...

Uma notícia que recebi semana passada anda mexendo com minhas certezas. Alguém que eu amo muito está passando por um problema num momento em que deveria ser só alegria. Isso me fez pensar nas peças que a vida nos prega. Você está ali com tudo certo, as coisas no caminho, planos e muitas coisas boas e de repente... pum, a vida te dá uma rasteira. Devia ser proibido isso acontecer, devia ter um lugar onde você pudesse escolher o que passar e a hora disso ocorrer. Não tá certo. A vida é tão rápida e tão estranha ao mesmo tempo.
Não estou em meu melhor momento, tenho problemas, não sei como vou resolvê-los mas eu sei que vou. Eu tenho saúde pra arregaçar as mangas e correr atrás do prejuízo, seja ele qual for.
Mas e quando nos falta justamente a saúde pra correr atrás? E quando você se depara com uma rasteira da vida, dessas de nocautear? E daí? Como ter coragem pra seguir e enfrentar? Como conseguir continuar acreditando?
Desde semana passada não consigo pensar em outra coisa. Posso fazer muito pouco, sou tão limitada. Só posso dar minha mão, umas palavras de consolo e mandar vibrações. E só. Me sinto pequena diante de tudo isso. Queria ter poder pra mudar tudo isso e pra fazer ser diferente. Queria ter forças pra ajudar mais. Pra estar mais presente.
Eu acordo todo dia e penso: como? É possível fazer mais? Mas o que?
Essas perguntas não saem um minuto sequer da minha cabeça.

Tô tão cansada.

Eu torço pra que tudo se resolva, e que em breve a gente saiba que está realmente tudo bem.
Torço para que tudo não passe de um grande susto. Mando vibrações para que isso seja só um pesadelo.


sábado, maio 14, 2011

Vivo só pra me arrepender...


Ah! As manias nossas de cada dia.
Sou cheia de manias.
Tenho uma caneca preferida, e não suporto que a usem.
Meu único vício é café preto e amargo.
Uma garrafa térmica toda manhã é o mínimo pra meu dia começar bem.
Gosto de vermelho e laranja.
Só durmo do lado esquerdo da cama.
Nem tente pegar meu travesseiro. Não tem coisa mais irritante do que alguém com meu travesseiro.
Não gosto de emprestar minhas coisas.
Meus livros são meu grande tesouro, se te emprestei algum sinta-se privilegiado, pois é raro.
E os livros do meu criado mudo estão em ordem, então não ouse tocar neles. Nunca.
Leio 3 ou 4 livros juntos. Preciso disso pra me concentrar.
Odeio que fiquem atrás de mim quando estou no computador.
Detesto começar a fazer comida com a pia cheia de louça suja.
Não gosto de cozinhar, mas se eu fui pra cozinha os temperos serão cortados milimetricamente.
Implico com quem aperta a pasta de dente pela metade.
Sou chata e perfeccionista. Mas também desorganizada e preguiçosa.
Detesto leite com todas as minhas forças. E também chuchu, palmito e cogumelo.
Sou urbana, mas também gosto do meio do mato.
Tenho compulsão por comprar livros. E compro mais do que consigo ler: tenho uma fila de espera gigante.
A propósito, comprei mais dois hoje.
Adoro sapatos. E nem sempre tenho roupa pra usá-los.
Quando gosto de um filme sou capaz de assisti-lo várias vezes sem enjoar.
O mesmo com música: Cismo com um cd e fico dias, semanas, meses ouvindo insistentemente.

Ando gostando de ficar sozinha. Muito.
E tenho cada vez menos paciência pra gente complicada.

Tenho muitas manias. Mas também sou simples. Às vezes.


sexta-feira, abril 29, 2011

Preciso cortar os cabelos...

Meu humor anda péssimo.
E com isso a falta de paciência para escrever aumenta, e muito.
Sabe aquela vontade de ficar quieta num canto? Pois é.

Silêncio é bom. Às vezes. Mas há dias que o silêncio corrói.
Você não sabe o que está havendo e o porque de tanto silêncio.
Os medos. Olha eles aí, novamente.

Quando você pensa que começa a entender um pouco o andar da carruagem, ela muda drasticamente de rumo. Essa é a vida, cada vez mais difícil de entender.
Pra piorar ando chorando com comercial de margarina. Pode?

Ridiculamente sensível.

E numa busca incansável pelo meu eu, que anda perdido dentro desses mil problemas e redemoinhos da vida, sinto necessidade de mudar. E então a pessoa corta os cabelos.
Essa sou eu tentando mudar.

Numa tentativa vã de escrever um post, sai isso.
Vou me recolher à minha insignificância e ao péssimo humor.
Sem mais para o momento.

segunda-feira, abril 25, 2011

A pequena parte da vida...


Ando com preguiça de escrever. Uma preguiça gigante.
Muitas coisas pra falar, mas não ando afim de externá-las.
Os dias vão passando e me surpreendendo.
Dias inusitados, tardes improváveis, momentos únicos.
Como disse no post anterior: movimento é a palavra da vez.

Um movimento delicado, rumo a lugar nenhum. E daí?
O importante é não ficar parado.
Se a vida vai me levar a algum lugar bacana eu não sei. Mas vou mesmo assim.

No momento estou à procura de deliciosas aventuras rumo ao desconhecido.

Li isso hoje e achei perfeito:
"Pequena é a parte da vida que vivemos. Pois todo o resto não é vida, mas somente tempo." Sêneca

Então acho que é hora de eu viver essa pequena parte de vida que eu tenho para viver, né não?

E como diz a música:
"Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer...
Não quero hora pra voltar
Não!
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar..."

Apreciem sem moderação...



É isso.

quinta-feira, abril 21, 2011

Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa...


Sabe aquele frio na barriga? Pois é, tá aqui ainda.
Umas vontades, algumas descobertas, o medo de perder as coisas boas, mas a sensação de que você não tem nada a perder mesmo e só a ganhar dando o pulo do gato.
Ou seja, tudo dentro da normalidade para as complicações femininas!
Eu estou tentando viver um dia de cada vez mas isso não é natural pra mim. Sempre fui de entrar de cabeça nas coisas, seja no trabalho, nas relações, no dia a dia e, claro, na vida. Mas também sei que isso não é bom, resolvo agora ter cautela e viver calmamente as situações no momento de cada uma delas.
Sem expectativas. Se é que isso é possível.


Fico olhando o mundo através da tela do computador. Vivendo vidas alheias e emoções que não são minhas. Os dias vão passando, passando e eu sei que preciso tomar uma atitude. Mas qual?
Quando isso me acontece escrevo para ver se esses pensamentos confusos e embaralhados tomam alguma forma e pra ver se de alguma forma consigo organizar as ideias.
Por enquanto tudo continua como antes ou seja muito igual e parado.

Movimento é a palavra da vez. Preciso disso.
De gás, de emoção, de vida.
Vai encarar? Então faça, urgentemente. Ou poderá ser tarde demais.

Li isso num livro outro dia e achei que cabe para o momento:

"A gente quer tanto ser substantivo que perde os adjetivos". Tião Rocha

E Tião completa: "Na sintaxe das relações pessoais, as frases precisam de preposições adequadas, conjunções encaixadas com zelo, verbos bem conjugados, adjetivos precisos."

Pode ter coisa mais verdadeira de se dizer?
Essa sou eu tentando entender as coisas que me acontecem...
Né?

"Socorro alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta, tem tanto sentimentos deve ter algum que sirva."

Apreciem sem moderação...



É isso.

sábado, abril 16, 2011

a vontade doida de arriscar...


Parei por alguns segundos diante da tela em branco pensando no que eu gostaria de escrever nesse momento. Muitas coisas me passaram pela cabeça, mas desisto de colocá-las pra fora assim que surgem na mente.
Um pouco por medo de dar a cara a tapa e cair do cavalo outro tanto por realmente não saber como externá-las.

Ando sentindo e vivendo mil coisas e às vezes me assusto. Quase sempre, na verdade.
Ao mesmo tempo que é bom viver e sentir coisas novas, também bate o medo do desconhecido, do que ainda está por vir. Ou talvez do que não virá. A gente não tem como prever o que a vida nos reserva. E isso me assusta.

Tenho me jogado na vida de coração aberto um pouco mais do que fazia normalmente. Tenho arriscado, tenho tentado arriscar pelo menos. Mas ainda reluto com algumas situações. Acho que cautela sempre é bom, em todos os sentidos.

Posso confessar? Ainda tenho medo.
Não estou pronta pra cair e me machucar.
Mas eu vou arriscar.

"O que limita as pessoas é elas não terem coragem ou imaginação para estrelarem seus próprios filmes."

Acho que estou precisando aprender a ser a estrela principal do meu filme e não uma mera coadjuvante.
Será que consigo?

"Haverá paradeiro para o nosso desejo dentro ou fora de nós"...

Apreciem sem moderação.

quarta-feira, abril 13, 2011

Posso até me acostumar...



É impressão minha ou essa semana está estranha?
Sei lá, arrastada, sem graça.
Pode ser um prenúncio de um turbilhão de coisas que ainda virão, ou não.
Sei não.
Eu acho que estou à espera.
Espera de um resgate, de uma novidade, de um acontecimento bom, de um cuidado, de atenção.
Chata eu sei. Essa sou eu.
Vai encarar?

Ouvi uma música hoje e acho que tem a ver com essa semana.

Apreciem sem moderação...




ACOSTUMAR...

Posso até me acostumar
E deixar você fugir
Posso até me acostumar
Da gente se divertir

Dava tudo por amor
Vim de longe
Dava pra sentir
Você dançando só pra mim

Parece brincadeira
Mas eu sei que a gente faz
Um monte de besteira
Por saber que é bom demais.

quinta-feira, abril 07, 2011

Ela odeia frases feitas.

Ela lê sobre as coisas da vida tentando entender como viver.
Ela ouve as músicas simples tentando aprender a ser simples.
Ela busca por sintonia e se perde no meio da vida.

É normal, todos passam por isso, vai passar, tem dias que a vida é complicada, no final tudo dá certo, a esperança é a última a morrer. Ela odeia frases feitas.

E no meio de tantas coisas chatas abre-se um lindo sol lá fora mostrando que a vida segue rumo ao desconhecido.
E algumas borboletas teimam em passear em seu estômago como se anunciassem que coisas boas ainda virão.

Ela recebe o bom dia mais doce que poderia existir.

"Você me faz cosquinhas de manhã"...


segunda-feira, abril 04, 2011

"A casca dourada e inútil das horas"



É engraçado o ritmo das coisas.
Tudo tem acontecido ultimamente na minha vida de uma maneira tão rápida.
Num minuto você é uma e no seguinte já virou do avesso.
Ando me surpreendendo com a vida e com as pessoas.
Nem sempre positivamente, é verdade.
As surpresas positivas estão melhores e mais intensas do que as negativas, e isso é bom.
Dias tão intensos e eu sinto que serão ainda mais.
Resta saber se eu terei paciência para esperar.

"E se me dessem - um dia - uma oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."
Mario Quintana


O que me reservará essa semana?


quinta-feira, março 31, 2011

Sobre o tempo...

Ela desperta no meio da noite. Ainda está escuro lá fora. A noite fria e silenciosa mostra que dificilmente ela dormirá novamente. Levanta, anda pela casa, observa a chuva da janela da cozinha.
Já que o sono foi embora completamente decide tomar um capuccino. Pensa na vida e nos últimos acontecimentos e em como tudo é estranho.
Ela sofre e chora sozinha. A madrugada por companheira.
Raramente tem insônia, dorme até bem demais para os padrões e mesmo com todos os acontecimentos consegue sonhar. Uns sonhos estranhos e picotados, é verdade. Mas sonha ainda.
Hoje não, hoje ela perdeu completamente o sono, e tem um turbilhão de pensamentos incômodos na cabeça.
O silêncio da noite é estranho, nada de vento, nenhum barulho de cão ou algum outro animal noturno. Nada simplesmente.
Ela pensa sobre o tempo, sobre o tempo das coisas, sobre como o tempo voa.
Ainda ontem era uma menina cheia de planos e expectativas. Agora é uma mulher cheia de desejos e medos. Deve ser assim pra todo mundo, ela pensa. Mas duvida também que seja isso.
O silêncio aumenta, quase sufoca. Tem vontade de colocar uma música, mas isso acordará os outros habitantes da casa que dormem tranquilos como se não houvesse nada acontecendo.
Então ela canta baixinho, quase um sussurro. Pra aliviar o vazio que sente.
O dia finalmente começa a dar o ar da graça. Quantas horas se passaram? Ela não sabe. Volta pra cama e dorme.
Foi um sonho? Nunca saberá.

"Tempo amigo, seja legal. Conto contigo pela madrugada, só me interrompe no final..."

quarta-feira, março 30, 2011

Depois de um dia cinza vem o sol...

Um dia cinza às vezes serve para você acordar pra vida.
Ontem foi o meu dia cinza, dia de colocar a vida na balança, repensar coisas, refazer planos.
Dia estranho, arrastado, longo e feio.
Um dia cinza no pior sentido da palavra.

Mas dias cinzas nos ajudam a enxergar a vida, a ver o que temos de bom. Nos mostram quem se preocupa conosco e com o que estamos vivendo e quem não está nem aí pra isso.
E ontem me serviu pra ver que tenho sim pessoas queridas à minha volta.

Tomei uma bela taça de vinho para espantar a tristeza, falei e ouvi palavras doces de uma amiga especial, ri com as besteiras que postam na internet e fui dormir com a certeza que o dias cinzas não duram para sempre.

Acordei melhor, mais confiante e com mais certezas.
Sei que não é fácil, que a vida te prova a cada segundo e que você tem que se manter firme no propósito pra não se deixar abater. Mas também sei que eu posso e que mesmo diante de tanta dificuldade eu sou capaz de fazer minha história diferente. Aliás, eu sou a única pessoa capaz de mudar minha história por que ela é minha e de mais ninguém.

Acordei hoje olhando a vida com outros olhos, mais fortalecidos. E certa de que vou mudar o rumo dessa prosa.

Uma amiga me apresentou hoje essa música e acho que tem tudo a ver com o meu dia e com essas mudanças de paradigmas...


"Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá"




Vou ali colocar o meu melhor vestido e deixar brilhar um sorriso no rosto!
Tá afim?

É isso.

terça-feira, março 29, 2011

Mais um dia, tudo igual.

Mais um dia e eu levanto sem muita vontade de nada.
Sem perspectivas, sem ideias, sem desejos a realizar, sem sonhos e sem vontade de sonhar.
Há algum tempo que não me sentia assim, como quem está num limbo da vida. Entre o lado de cá e o de lá.
Espero ansiosa que algo realmente aconteça. Busco dentro de mim aquela vontade para trabalhar e seguir. Faço força pra sair da cama, quando a vontade era continuar deitada por um dia inteiro, um mês ou quem sabe um ano.

Algumas pessoas dizem que isso é como uma depressão se instalando, mas eu não sou nem serei depressiva. Não é isso. É um cansaço fora do comum. É só a sensação de ter perdido algo no meio do caminho e não conseguir voltar pra encontrar, sabe como?

Eu sei que é fase e que passa. Como todas as que já passaram. Mas é tão ruim essa sensação. Sensação de vazio.

Olho a minha volta e não reconheço as pessoas em quem confiei. Descubro lados e nuances que eu não enxergava ou não queria enxergar por comodidade. Conto nos dedos em quem realmente posso confiar, e não enche uma mão.

"C´est La Vie" diriam alguns. Eu sei, responderei. Mas queria que fosse diferente, mais fácil.
 
"It was fun for a while
There was no way of knowing
Like a dream in the night
Who can say where we´re going
No care in the world
And maybe I´m learning
Why the sea on the tide
It has no way of turning"


domingo, março 27, 2011

E dizem que a solidão até que me cai bem...


Você sai, retorna, anda em círculos e continua na mesma.
Faz coisas que nunca imaginou fazer, e gosta.
Tem coragem pra mudar, mas tem muito medo também.
Tudo a sua volta gira e você fica tonto com a velocidade das coisas.
Não me reconheço, nem quero. Aquela que eu fui um dia não me cabe mais. Melhor assim.
E então eu penso: é assim mesmo? Ou eu é que sou assim?
Tento entender tudo isso e não consigo. Acho que é desse jeito que as coisas tem que ser ou simplesmente são.
Um dia você acorda e não se reconhece no espelho, deixou de ser você pra ser outra pessoa.
Fazer o que? Sinceramente não sei. Mas estou tentando descobrir a cada dia. Se conseguirei só o futuro dirá.
Talvez as coisas sejam um pouco diferentes do que parecem ser, talvez tudo o que eu acredite esteja errado.
Mas enquanto não descubro a resposta vou vivendo um dia de cada vez, um segundo por hora, uma hora a cada segundo. Esperando que a vida me mostre o caminho e o rumo que eu devo seguir.


Estou à procura de mim e que eu possa me reencontrar um dia.

E como dizia o mestre Renato Russo que hoje faria 51 anos:
"Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz"

Apreciem sem moderação...

quinta-feira, março 10, 2011

De quando a vida escapa por entre os dedos...

E então a vida segue. Uns dias assim outros nem tanto.
Quem pode controlar o que temos que passar nessa vida, não é mesmo?
Muita coisa se passa durante dias e horas a fio.
Eu sigo a vida. Tentando.
Tento ser mãe, tento ser amiga, tento ser mulher.
Tento seguir a vida.
E às vezes ela me escapa por entre os dedos. O que se há de fazer?
Quando você percebe já era. Passou e você nem viu.
Mas também não lamento, muita coisa não vivi, muita coisa eu chorei e senti.
E dizem por aí que a vida é assim.
Uns dias assim, outros nem tanto.
Quem há de saber, não é mesmo?

Vou tentar correr atrás do que perdi.
Vamos ver se terei pernas pra correr e tempo pra sentir.

quinta-feira, março 03, 2011

Nunca

"Nunca diga não pra mim eu não vou poder trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim.
Seja sempre assim.
Por favor me dê um sinal, um cartão postal, um aval dizendo assim.

Não, não é o fim. Dure o tempo que vc gostar de mim.
Entre o não e o sim, só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim."

Magnífica canção e interpretação.
Aprecie sem moderação!

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Jogo de Palavras


Palavras:
Gentileza,
Descanso,
Tristeza.
Discórdia,
Guerra,
Revolta,
Riqueza.
Razão,
Sentido,
Sincero,
Calado.
Palavra,
Simplicidade,
Sabedoria,
Cinema,
Verdade.

Palavras escritas à revelia.
Sentidas, vividas, armadas, sofridas.
Palavras.
Palavras ditas e sentidas.
Fim.

domingo, fevereiro 20, 2011

Não me esqueça, que eu não sei mais nada

Ando sem vontade de escrever, sem vontade de nada.
Acontece às vezes. E passa.
As histórias vem aos montes na cabeça, mas a preguiça não me deixa transcrevê-las.
Ficam lá, guardadas para sempre em alguma gaveta do pensamento.
Algum dia elas sairão, ou não.
Tudo bem.
Não me cobro. Não ouso me cobrar. Não agora.
O momento não é de escrever, descrever.
Sinto e calo. Simples assim.
Um dia quem sabe eu tenha vontade de falar. Talvez não.
Tenho escutado muito, vivido pouco, sentido aos extremos.
E tenho preguiça, muita preguiça.

E como diz a música abaixo: "eu não sei voar, eu não sei mais nada!"
Me identifico totalmente.

Conheci essa semana e estou encantada. Apreciem sem moderação: A Banda Mais Bonita da Cidade





Canção pra Não Voltar - A Banda mais Bonita da Cidade


Não volte pra casa, meu amor que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe,
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim, não
Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre
Depois o que acontece é triste demais,
Pra quem não sabe viver
Pra quem não sabe amar
Não volte pra casa meu amor que a casa é triste
Desde que você partiu aqui nada existe então
Não adianta voltar
Acabou seu tempo,
Acabou seu mar,
Acabou seu dia,
Acabou
Acabou
Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que eu não sei mais nada,
Nada de você
Não me espere,  porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar,
Eu não sei mais nada.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

3.2

Ainda me lembro da expectativa que eu sentia quando criança à espera do meu aniversário.

Passava a semana toda esperando chegar o dia, contando os minutos para que os amiguinhos chegassem, a torcida para que não chovesse (e sempre chovia), a delícia de ajudar minha mãe a preparar meu bolo preferido, enrolar brigadeiro e encher bexiga.

Aproveitava cada segundo do meu dia. Fazer aniversário tinha sempre um gostinho de quero mais, o dia voava e eu curtia cada segundo.

Quando a gente é criança é sempre tudo tão mágico.

Amanheci hoje com 32 e com a certeza que está tudo muito igual, parecido com o que era ontem.
Não sinto mais a empolgação de fazer aniversário.
Sinto falta da minha mãe me acordando nesse dia com um abraço e uma festa que só ela sabia fazer.

Aniversário pra mim nesse exato momento é um dia como outro qualquer, com a diferença de ter um ano a mais.

Igual a ontem, exatamente a mesma de amanhã.


É isso.

sábado, janeiro 29, 2011

Essa sou eu tentando viver.

Ando perdida dentro dos meus espaços vazios.
Falta-me palavras, falta-me um pouco de tudo.
Algumas coisas já não têm sentido e desconfio que nunca tiveram.
Descubro-me diferente, estou diferente.
Não sinto inspiração para escrever, tampouco para falar e ouvir.
Perco a paciência pelas mínimas coisas.

Essa sou eu tentando viver.

Em busca de novos rumos, novos desafios,
Olho a vida sem expectativas.
Mas não consigo deixar de tê-las, também.
Contradições de um momento estranho, confuso.
Eu sei que vai passar, tudo passa.
E amanhã há de ser outro dia - já dizia o mestre.
Enquanto o amanhã não chega, vamos viver o hoje.
Desse jeito, de qualquer jeito, do jeito que der.


"Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama (...)"

Apreciem sem moderação.
Só o Chico sabe...

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Sereníssima


Tem dias que só com legião.

 
Sereníssima
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá
Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.
Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.


.É isso.
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