sexta-feira, outubro 21, 2011
Ela decide mudar de direção
Ela tem a tendência a se entregar demais em tudo o que faz ou sente e na maioria das vezes quebra a cara.
Já não bastasse as experiências anteriores para aprender que não deve confiar tanto no que as pessoas dizem ou fazem? Não, ela confia demais em todos e sempre acha que dessa vez pode ser diferente. Pronto, tá feito o estrago.
Mudança de planos? Um esforço da outra parte para que a coisa aconteça? Não, isso não faz parte do processo.
Uma amiga lhe disse que não pode viver a vida dos outros, deixar que sua felicidade dependa do que pensam, fazem ou querem. Mas quem a convence do contrário?
E lá está ela novamente caindo de cabeça no chão. Uma hora quebra o pescoço e nem assim vai aprender, aposto.
Mas ela decide que está na hora de mudar o rumo das coisas e que chegou o momento de olhar na direção oposta e seguir novos caminhos, respirar novos ares, arriscar um lance novo.
Até a próxima queda livre provavelmente.
Mas se não tentar como poderá saber?
E então ela diz: você não vai tentar? Não vai fazer diferente? Não quer arriscar?
Azar o seu!
A vida não espera.
E ela também não está disposta a esperar sua boa vontade.
Já cansou de promessas e de "um dia quem sabe".
Decide arriscar e ver no que vai dar.
O que vier é lucro.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Então a noite chega...
Então a noite chega...
E com ela também o silêncio.
Não tenho mais o som da tv, não ouço mais os familiares gritinhos e as brincadeiras.
Os barulhos são outros, fracos, um ou outro zumbido de vento, um carro que passa na rua, o vai e vem das ondas do mar quebrando na beira da calçada, os bichos noturnos.
E na maioria das vezes o que eu ouço é o silêncio.
Silêncio inquieto, angustiante, assustador.
Silêncio da respiração, silêncio da alma.
O apartamento vazio me deprime, quase sempre.
Tenho vontade de acender todas as luzes e colocar uma música bem alta. Não faço, claro.
Ouço passos do apartamento de cima. Há vida pulsando em outros andares, eu sei. Mas aqui tá tudo parado. Em silêncio.
E a noite chega de mansinho e toma conta.
Dá vontade de fugir, de me esconder.
Mas não há pra onde fugir, muito menos do que.
Eu fujo de mim, eu fujo do mundo.
Não há nada. Há somente o silêncio.
Apago as luzes, desconecto-me de tudo.
Faço do silêncio meu aliado.
E me entrego à noite vazia esperando que o dia chegue rápido.
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