Hoje me deu uma vontade louca de tomar banho de chuva.
Saí pra pegar o pequeno na escola e caiu o maior toró. Quase parei o carro no meio do caminho e segui a pé pela beira mar. Tava precisando lavar a alma, sabe como? Não fiz, continuei no trânsito do fim de tarde, protegida da chuva e do vento pelo vidro do carro e ouvindo uma música que tem sido companheira durante esses devaneios. É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a gente acaba sem chão.
Ando cansada de tanta turbulência, de tanto problema, de tanta dor de cabeça.
Essa semana vivi algumas situações que no mínimo foram surreais, inacreditáveis e totalmente sem sentido. Me vi no meio de um furacão sem ter nada a ver com o assunto. Nessas horas você pensa o quanto está suscetível aos problemas dos outros.
E pensando em tudo consigo enxergar a fragilidade do ser humano e o quanto somos ligados em coisas pequenas. Me assusta saber que estamos tão perto de coisas boas e preferimos nos ligar nos problemas.
Será essa a natureza humana? O dom de nos aproximarmos do que é confuso e estranho? Será que é possível fazer uma história diferente? E se é possível, como fazer?
São tantas perguntas sem respostas, são tantas coisas que passam pela cabeça.
No momento eu quero dormir e esquecer que algumas não tem solução imediata.
Só o tempo dirá se estou certa ou não.
"Enquanto o tempo passa
Eu viro as páginas
Também sou página virada
Qualquer tristeza passa
Se eu puder ficar aqui
Um cheiro que eu conheço bem
Momentos que são todos meus
Só meus"
Nenhum comentário:
Postar um comentário