quarta-feira, setembro 19, 2012

Entre pensamentos e canções...

[Eu vou contando as horas, e fico ouvindo passos. Quem sabe o fim da história.]

Da eterna vontade de acreditar que é diferente. 
Quando você pensa que as coisas caminham, o mundo vira ao contrário só pra te tirar do prumo novamente.
As músicas rolam e os dias passam e você nem percebe que tudo continua igual como antes.

[Em cada passo que eu dava nessa dança, ia perdendo a esperança.]

A cada nova tempestade, você abre novamente o guarda-chuva e torce para que o vento não o desvire e a chuva não te molhe a alma.
Pois dizem que no final da tempestade sempre vem a calmaria. 
E você quer muito continuar acreditando nisso.

[Você ficou e a noite veio, nos trazer a escuridão.]

Mas a noite chega e com ela tudo escurece. 
As coisas se mostram como são e nem sempre do jeito que esperamos que seria.
Então a solidão pesa uma tonelada no peito e você sente que está por si só mais uma vez.

[Posso estar só mas sou de todo mundo.]

A noite se arrasta e carrega com ela seus pensamentos.
Tenta dormir e só tem pesadelos.
Anda pela casa à procura de algo que nem mesmo você sabe o que é.

[Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade]

Cai a chuva lá fora.
Você espera que ela lave tudo o que sente e as desilusões da vida.
Espera que tudo se acalme de alguma forma.
Doce ilusão.

[Entre chuvas e trovões, arco-iris e canções. Chegamos aqui.]

Chegamos aonde? Vamos pra onde?
Você só tem perguntas e nenhuma resposta.
Imagens distorcidas que fazem de você. 
Porque a dúvida?
Você sabe que não é isso.

[Eu achava que tinha de tudo para sempre, que eu tinha amigos de verdade. Mas a verdade sempre vem bater à porta, a gente tenha ou não vontade.]

A verdade aparece sempre. Queira você ou não.
Por isso não me escondo em "meias verdades". 
Se é, é. 
Ponto.

[Ainda vou me lembrar de cada nota e refrão. Só sei que cê tava lá, e tudo o que aconteceu
fugiu pra outro lugar]

As canções entrelaçam os pensamentos tentando que eles façam algum sentido.
Você se apropria do que outros escreveram para tentar explicar o que está sentindo agora.
Mas as palavras ficam confusas.

[Não sei se posso falar assim do que vi. Você cantava pra mim. Suspiros, flores, perdão;
canção de amor é assim]


Mas as canções terminam.
Será que recomeçam?

[Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem]

Nada como um dia após o outro. 
Uma noite de tempestade, um dia de sol brilhante.
Assim como as marés que sobem e descem.
Só fique atento se descerem muito rápido, pois pode ser sinal de tsunami.

[De leve, de leve vai passar. 
Entregue a vida está, então deixo estar.]

Então deixo estar.




*Nota: em vermelho trechos das músicas, na sequência: Lágrimas e Chuva (Leoni), Só sei dançar com você (Tulipa Ruiz), Sinceramente (Cachorro Grande), Doce Solidão (Marcelo Camelo), Santa Chuva (Marcelo Camelo), Alice (Lemoskine), Carro e Grana (Leoni), Breve Canção de Sonho (Zélia Duncan), Breve Canção de Sonho (Zélia Duncan) novamente, Simples Desejo (Luciana Mello) e Alice (Lemoskine).


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