domingo, fevereiro 12, 2012

A preguiça que eu sinto.


Tem dias que... ah, sei lá... me bate uma preguiça.
Preguiça de gente, sabe?
Gente que não sabe o que quer, que tem preguiça de tentar descobrir. Gente sem atitude e com tendência a enrolar. Tô com muita preguiça de esperas e do tempo das pessoas.

A verdade é que eu ando com muita preguiça das pessoas.
Triste isso não? Eu acho.
Ter preguiça das pessoas me entristece porque eu sempre acreditei tanto no ser humano.

É que eu ando com vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, agora.
E o fato de não estarem na mesma "vibe" anda me deixando com preguiça.
Não quero esperar nada. Se for pra esperar, esquece. Deixa pra lá.
Quero movimento. Quero vida.

Sabe aquela música: "só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder"?
Então é isso que eu quero agora, só o que pode dar certo.
E o resto é resto.

Domingo chuvoso e preguiçoso me deixou com vontade de falar de preguiça. Contraditório, eu sei.
Assim como eu... uma eterna contradição de sentimentos.

Essa sou eu tentando viver tudo o que pode o mais rápido possível.

"Quero ver se você tem atitude se vai me encarar..."



quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Quando a chuva vem...


Hoje me deu uma vontade louca de tomar banho de chuva.
Saí pra pegar o pequeno na escola e caiu o maior toró. Quase parei o carro no meio do caminho e segui a pé pela beira mar. Tava precisando lavar a alma, sabe como? Não fiz, continuei no trânsito do fim de tarde, protegida da chuva e do vento pelo vidro do carro e ouvindo uma música que tem sido companheira durante esses devaneios. É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a gente acaba sem chão.

Ando cansada de tanta turbulência, de tanto problema, de tanta dor de cabeça.

Essa semana vivi algumas situações que no mínimo foram surreais, inacreditáveis e totalmente sem sentido. Me vi no meio de um furacão sem ter nada a ver com o assunto. Nessas horas você pensa o quanto está suscetível aos problemas dos outros.

E pensando em tudo consigo enxergar a fragilidade do ser humano e o quanto somos ligados em coisas pequenas. Me assusta saber que estamos tão perto de coisas boas e preferimos nos ligar nos problemas.

Será essa a natureza humana? O dom de nos aproximarmos do que é confuso e estranho? Será que é possível fazer uma história diferente? E se é possível, como fazer?

São tantas perguntas sem respostas, são tantas coisas que passam pela cabeça.
No momento eu quero dormir e esquecer que algumas não tem solução imediata.
Só o tempo dirá se estou certa ou não.


"Enquanto o tempo passa
Eu viro as páginas
Também sou página virada
Qualquer tristeza passa
Se eu puder ficar aqui
Um cheiro que eu conheço bem
Momentos que são todos meus
Só meus"

domingo, fevereiro 05, 2012

Saudades do que não vivi


Hoje eu acordei com saudades.
Saudades do que não vivi,
Do que poderia ser e nunca foi.
Saudades de pessoas que passaram em minha vida e se foram.
Saudades de quando a vida era mais simples e fácil.
Saudades de estar apaixonada e com o coração aos pulos.

Sinto saudades de coisas que eu poderia viver.
E uma tristeza por saber que mesmo tendo certeza que seria no mínimo fantástico, não vai acontecer.
A gente sente quando algo é especial. Mas infelizmente às vezes a vida deve seguir por outro rumo e você sabe que é assim que tem que ser. Você sente o quanto seria especial, mas ainda não está na hora de arriscar viver algo mais tranquilo, infelizmente.

No fundo dá uma saudade de pensar no que seria, no que poderia ser se fosse possível.

Eu acordei assim, meio manteiga derretida, meio coração, meio menina.
Faz tempo que me escondo atrás dessa casca de força de quem sabe tudo, mas no fundo eu sou isso... pura casca.
Gostaria de poder ser mais do que um ombro num momento difícil.
Mas entendo que nem sempre é do jeito que gostaríamos.

Eu sigo assim, com saudades de tantas coisas que não consigo numerar e que provavelmente jamais vou viver.
Quem pode explicar o que a vida nos reserva, não é mesmo?
Nesse momento só consigo sentir saudades.

Essa sou eu tentando justificar as coisas da vida em palavras.



"Enquanto repetia consigo mesmo essa fórmula, experimentava o sentimento radiante de ter mais uma vez se apoderado de um fragmento do mundo; de ter cortado com um bisturi imaginário uma estreita tira de tecido na tela infinita do universo." - Milan Kundera - A insustentável leveza do ser.
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